terça-feira, 18 de setembro de 2007

ansiedade


Meu sonho é naturalmente
Voar daqui e dai
Por ai
Saboreando os milenares
Da juventude
E mais tarde da velhice
Meu sonho é tão-somente
Para fora
De meus sonhos intrínsecos
Conhecer terras
Onde as pedras desabrocham
Em mil rebentos
De saliva diamante
Calcanhar quente

Em brasa escarlate ocre
Ocarina de olhar
Onde vejo realmente
Pormenorizadamente
Sem nada temer
Nem em nada ter que fugir
Nada
Nada
Onde a ansiedade
Não me pertence
Nem sei o que possa significar

E possa dizer:
Não me atinges nem te sei ser
Ansiedade

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