terça-feira, 2 de junho de 2009

camaleão cromático


Saudade?
Tens saudades do quê?
Não sei…
De repente todo o meu corpo tremeu…
Repentinamente deu-me vontade de chorar
Nem sei bem porquê
O meu coração começou batendo em corrida
Deixou-me de pertencer por instantes
Agora coração de um búfalo se trata
O animal corre em fúria aberta
Em corpo audaz, em alma fraqueza
Tanta força ao correr, mas é só quando corre
Em sentimento dói

Dói-me a intransigência do antagonismo
Do saber quem sou e do talvez ser
Como camaleão cromático
O mesmo corpo, mas de cores em mudança
Sou gerúndio em poltrona permanente
Incerto.
Onde não fui, não sou, nem serei
Estou sendo….
Qualquer coisa, indecifrável
Que nem mergulhando ao ventre da minha alma
Obtenho respostas palpáveis

Estou continuamente no esforço
De um braço esticando
Onde quase me toco em globalidade
Onde estico, estico, estico, estico…
Arreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Que sinto as veias em suspensão
O sangue escorrendo em gotas divisas

Nada alcanço!
Nem sereias de compridos cabelos e ondulados
Nem cactos de espinhos arrojados
Venenosos em doce veneno de LSD

Sou quase alguma coisa.
Ou então é o enervante desejo
De um banho de novas existências