segunda-feira, 22 de agosto de 2011

eu cá, eu lá

Faço parte de um povo que não é meu
A pele é fria
Os sorrisos são cerrados
Seus corações choram de perda de algo pelo qual nunca lutaram

Todavia Sou de um povo que não é meu
O meu sangue não é deste mas minha alma está em si inata
Já este povo é oposto ao meu de sangue
A pele é quente
Os sorrisos são abertos
Seus corações sorriem por si só, embora motivos de tristeza sobejem

Quem sou eu?
Eu sei quem eu sou, mas não o posso ser
Ou melhor, não devo…
Por isto e por aquilo
Motivos de vómitos de sociedade

Quero fazer a minha música e canta-la
Chega de ouvir a dos outros e nada criar

Quero a verdade dos sonhos e o fim seus sentidos ilusórios
Quero a felicidade que não é esperança infinita
Quero-a neste momento, já, agora, neste segundo inesgotável de certezas

Assim jaz no meu ser dois povos antagónicos
E um medo de ir para as origens do meu espírito e fugir das raízes do meu nascimento

Posso nascer de novo natureza?

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