segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aconchego

O que há melhor que um sorriso puro?
Um sorriso que vem de dentro do ventre da alma
Um olhar doce e penetrante
Que aquece todo o tormento
Toda a angústia…
A angústia de um mundo perdido de ti
Um mundo que procuras e jamais encontras
Como quem corre incessantemente para um beco sem saída
Um abraço protector, com amor…
Que acolhe o teu corpo e todo o sentimento do Feto que és
Um abraço que cheira o teu eu desconhecido
Que prova cada camada de pele e escuta cada batimento cardíaco…

Tudo isto é efémero!
Que só se guarda na caixinha de recordações, do teu espírito mais cavado
Ou então…jaz tudo paralisado numa pequena pintura realista
Podes olha-la quando quiseres
E guarda-la num cofre de cristal cor de rio
Decorado por pequenas guloseimas de amizade

Todavia existe sempre uma vontade irracional de mergulhares para dentro dessa imagem
Tal como os seres do mar mergulham para o oceano mais fundo e frio
Para aí encontrarem a paz e o silêncio, da sua mortuária saudade

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