Incompleta?
O segredo é a Aceitação
Aceitar o contexto, o meio, o que existe e o que não existirá jamais
É pouco?
No fundo nada é bastante
Quero aprovar uma realidade por mim perpetuamente negada
A alma a nega sem intervalo
Mas o corpo é disciplinado e continua
Num caminho sem fim nem princípio
O corpo não anda, rasteja por caminhos decorados!
Esteja frio ou calor ele prossegue robotizado
São músculos e sangue, carne mecânica que não sente nada
Se é para andar, ele anda
Se é para parar, ele pára
Nada há a converter
Confusão e luta de um ser corpóreo
E um espírito adormecido pela renúncia
A alma discute constantemente com o corpo
E a anemia espalha-se como lagarta sugadora
Assim jaz este Ser comido de esperanças
É o nascimento da aceitação
De um viver sem vida
Sou sociedade como se quer
Sou uma árvore verdejante
Finda no tempo e no espaço
Rica por dentro e defunta por fora
Para sempre enraizada, para sempre sem pernas
Todavia… tudo é mastigado mas nada engolido
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
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