terça-feira, 18 de setembro de 2007

goa gil



Não sei se sou reflexo ou não existir
Meramente…
Talvez uma poção de ambos
Um cálice amargo silvestre
De som e pétala morta
Caída perto de meus pés gélidos
E azul oceano…
É só o que vibro ou transpiro
O céu está longe
E tu inspiras meus gritos
De desejo satírico
Sou ser ou sombra de pedra
Castanho lama
Castanho merda
Um sentir sem pêlo
Um sorriso peixe
(Os peixes sorriem?)
Em ondas sonoras me transformo
O som inunda-me
A energia come-me
Levanto os braços
Danço e sou o vento
Os dedos encaracolam
Respiro música
Barulho saudável
Sou o vento com braços
As borboletas agarram o meu olhar
O coração sai-me do corpo
Dança de mãos dadas com minha alma
Bate e bate
Um bater forte
Acho que voou no fundo
Não oiço um ouvir
É outro ouvir sem nome
Não tenho ouvidos de ouvir
Esses flutuam no rio transparente

Chega a chuva, gosto
Neva-me o corpo
Aquece-me a alma sonora
Chega então o sol
Com a sua força
Será Buda a sorrir?

Sou Eremita
Mas danço ao teu sabor
Não esqueço tuas barbas…

1 comentário:

border disse...

LOL. a foto do velhote!