terça-feira, 18 de setembro de 2007

varinha de condão

Senta-te ao meu lado
Conta-me uma história
Com princesas de doirados cabelos
Vestes rosácea e castanho tronco
Levita-me com tuas palavras
Coerentes e macias…
Não me deixes murchar
No desterro que sou
Arranca-me as raízes
Planta-me com novas sementes
Quero ser a flor mais deslumbrante
Dos campos holandeses
Não quero ser mais silva
As borboletas não me desejam
Não tenho pólen para dar às abelhas
Vá torna-me flor

Eu deixo-te seres flor
Tu já o és
Mas camuflada na tua dor

Então que esperas?
Torna-me a flor mais namorada
Torna-me a flor
Mais poderosa do mundo
Onde o meu aroma
Faz-me dominar o mundo…

Não estarás a ser demasiado ambiciosa?
Para queres tu dominar o mundo?

Não me envergonho
Dos meus desejos
Quero sim, ser a mais bela
A mais cheirosa do planeta
Sou eternidades de nada
Estou cansada de o ser
Quero ser poderosa, não vergonhosa
Cansei-me do nada que sou
Entendes-me?

Sim, entendo-te e sinto-te
Mas não posso dar-te o que queres
És tu própria
Que tens de florir
Seres mais
Tens de enfrentar o teu degredo…
Mas não me irei embora
Antes vou-te contar uma história
De encantar
Para adormeceres com um sorriso
E acordares de mãos dadas
Com a Vontade…
Fecha os olhos
Vou contar-te uma história

Com princesas?

Sim
Princesas
Duendes verdes
Florestas mágicas
Onde entras e levitas
O teu olhar muda
Tem brilho
Danças ao sabor
Dos assobios das belas fadas
De asas transparentes e olhos azuis
Aqui sorris
A tua lágrima é alegria
Respiras equilíbrio
Primaveras poetizas
És a princesa mais linda
Mais inteligente
E o teu nome é sabedoria
Dorme bem
Amanha de pés descalços
Por Ti
Te tornaras flor

Obrigado Deus
Por me contares esta história
Já sinto o sono a chegar
Adormeço com um sorriso

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