O corpo treme 
Os olhos estão cansados 
Fazem força para abrir 
As lágrimas querem cair, em massa pesada !
O coração saiu do meu corpo
Nadando até terras distantes 
Cruzou um oceano imenso de falta de sorrisos e Liberdade
Assim jaz meu corpo, sem alma
Ela nadou em direcção à música, ao ritmo enamorado pelo sentimento…
De simplesmente se gostar do outro, porque é bom
Seguro, apaziguador, efervescente de energia límpida 
Fiquei somente com água dentro de mim
Está escura, sem belezura cristalina 
Faz braço de ferro com os meus pensamentos
Gritantes e enervantes de distúrbio
Aqui não consigo estar, ser… comigo ou com o outro
Os sonhos pulam nos trampolins da minha mente
Fazendo o meu corpo suar 
Ensopando todas as energias positivas ainda sobejadas 
Quero ir ter com a minha alma 
E colar de novo o meu cordão umbilical a ela
Quero ir para junto da sabedoria
Que anda de mão dada com a alegria de se Ser Humano…
Sou cidadã do Mundo 
Mas teimam em prender-me a algo que não sou 
Algo que as minhas mãos não alcançam mesmo em esforço
Quero ir para junto dos olhares coloridos 
Lambidos de amor, paz e bater de asas das aves Livres
Loucas em sonhar incondicionalmente 
Quero ir para junto do pandeiro que chama o bater dos pés 
Das gentes sofridas, mas todavia vencedoras de alegria e força eterna
Anseio ouvir novamente o Violão emocionado de brasilidades
Será lá a minha cabana?
Sei apenas que foi lá…
Que me senti abraçada pela pertença a um lugar
Quero ouvir de novo, sem ter medo que acabe 
O choro brando do berimbau escravo Lutador 
Estou faminta por sentir, para sempre…
O abraço das mãos calejadas dos duendes matizados 
Cada um e cada uma 
Com um coração de uma cor
Unidos e unidas em amar sem receios
Quero de novo o calor das poucas palavras bem ditas
Quero novamente o  Axé saltitante dos capoeiristas angoleiros 
Colando-se ao meu espírito, como dois seres fazendo amor….
Berrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrroooooooooo!!!!!!
Esticando as veias da faringe 
Suplicando socorro de mim mesma
Insegura sou
Sonhadora sou 
Corajosa quero ser
De repente… fecho os olhos e estou lá.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
que lindo...
que poetisa gritante.
descubro-te e surpreendo-me e ás vezes fico triste, por que as minhas não caiem em cascata. alguma rocha as impede.
nunca deixes de ser-te com palavras.
abraço redondo
Enviar um comentário