quinta-feira, 1 de novembro de 2007

quase fim

Perdida me encontro
A solidão regressa
De peso bruto
O sonho mais nada é
Se não
Ilusão destes músculos cadavéricos

A sede voltou a florir
Uma sede que sufoca
Os meus rios e meus mares
Estão negros como noite sem luar
Sem estrelas…

Novamente sozinha
Abandonada sou
Os olhos eliminam-se
Casa vez mais
O sono é meu único estandarte

Para esboçar risos
O mundo teria
De se conceber novamente
Com novos seres e sentimentos
O meu único entendimento
A nunca ninguém interessou
A sorte a mim pouco me saliva
Meus desejos medíocres são…
E mesmo assim
Não se conseguem…
A sorte não me deixa
Os meus pulsos
Há muito estão cortados
Abraçam-se com o seu sangue
São cascata perdida
Escaldante
Em panela ao lume
Fornecendo-me das mortes mais lentas
Deste modo
Meus olhos são água
Os meus sonhos desvaneceram-se no esgoto
Sobrando o cálice que por mais anseio:
Morte

Só não entendo porque ainda não a bebi…

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