E tudo é limpo
Um lago fundo de eternidades de sonhos
Sonhos baços pelo tempo
Sonhos esquartejados 
Sobejam os restos 
Onde não és, mas estás, vais estando
Estanque 
Pedra paralisada
Sonhas-te em ser um coral em mutação
Assassinaram-te? Ou suicidaste-te?
És limpo, estás limpo de tudo o que desejas-te
Findou-se o cheiro da tua áurea de ambulante
O vosso corpo apagou o vosso destino de ambições 
Pediram um sorriso por dia
Receberam um meio 
No meio dos pincéis encharcados de tintas tantas
Puseste os dedos e a boca cavando uma réstia do…
Desse sonho de sono desperto 
Sentiste amarelo azedo, azul negro, rosa murcha, 
Porém…
Viste, viste… viste! Vermelho luta! Laranja sol!
Castanho berimbau! Verde talvez esperança… 
Lilás amor teu, meu, nosso, vosso, deles e delas
Viste uma hipótese 
Mas tudo sempre te pareceu tão remoto
Que morreste vivendo, 
Procurando estar no ventre de uma tulipa 
Para poderes espreitar para fora dela, com um só olho
E veres, o início da felicidade mentirosa
Uma frígida mentira, uma calorosa emoção
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Subscrever:
Comentários (Atom)